quarta-feira, 12 de junho de 2013

Natalie por Chris

Símbolo da elegância carioca, Chris Pitanguy entrevistou Natalie Klein, musa deste blog, para seu site. Dona da NK Store, Natalie é dona de respostas interessantes, longe de qualquer afetação ou deslumbramento, que nós resolvemos copiar aqui para vocês.


1. Sua lembrança mais remota de moda…

Tenho vários flashes da minha infância, que me remetem à moda de alguma forma; eu me lembro da alegria ao ganhar roupas de presente, enquanto minhas amigas preferiam brinquedos. Mas tenho uma lembrança especial: meus pais voltaram de uma viagem e me trouxeram um mini casaco de pele. Fiquei tão enlouquecida, que fui à escola no dia seguinte usando o casaco, mesmo sendo dezembro, um calor louco. Eu tinha uns 4 anos.

2. Sua recordação predileta de moda…

Ir à escola com meias de lurex a La Dancing Days. Ninguém entendia nada, mas eu amava!

3. Sua peça de roupa predileta, algo que sinta vontade de comprar sempre, em grande quantidade…

Camisetas brancas, pretas e cinza mescla parecem uma coisa que, quanto mais se tem, mais se quer. E vivo em busca daquela “perfeita”.

4. A peça mais preciosa de seu closet…

O sentido de preciosidade é bem relacionado com a história por trás de cada peça, como um vínculo emocional. Cada vez que olho “esta” peça no armário, ela me remete a algum momento especial. Portanto, tenho várias. Para citar algumas: um vestido Balmain do dia em que fui “pedida em casamento” pelo Tufi (o empresário Tufi Duek, seu marido), um Lanvin de quando descobri que estava grávida, uma bolsa Alaia que recentemente abri e onde encontrei um desenho da minha filha…

5. Um pecado de estilo que tenha cometido…

Existe uma frase da Diane Vreeland que diz “é importante que todo estilo contemple um pequeno erro, é como um tempero, uma páprica, dá sempre um certo charme e personalização; o que não se pode é não ter estilo”, então, cometo pecados… que vão desde ir a uma festa com “dress code” errado – e dar a velha desculpa de que estou vindo de outra festa – até ir a um aniversário com a mesma roupa da dona da festa (nkstore, claro). Mas um erro clássico é viajar com uma mala de sapatos que não têm nada a ver com os modelos nos quais se pensou antes. Depois de tantas, aprendi a lição.

6. Qual é a sua relação com as tendências?

Acho uma delícia admirá-las e que elas inspirem ou provoquem a vontade de mudar, a vontade do novo. Mas isso sempre com uma certa dosagem, pois as tendências vão, o estilo, nunca. Portanto, faço adaptações delas ao meu armário antigo, e não o contrário.


7. Que tendência atual jamais abraçaria? Por quê?


“Jamais” é uma palavra quase proibida na moda, mas, em linhas gerais, nem todas as tendências são para todas as pessoas, todos os perfis, todos os contextos em que a pessoa vive, portanto jamais abraçaria uma tendência que não fizesse sentido para o meu estilo de vida, como por exemplo (hoje pelo menos digo isso) essa estética “Pijama” estampado. Difícil me imaginar, na correria de São Paulo, usando pijamas e salto alto.

8. Quanto tempo leva para se arrumar? Como monta suas produções?

Normalmente sou muito rápida, 15 minutos no máximo. Mas, quando a coisa não sai, não sai, eu demoro horas e repito a lendária frase “não tenho nada pra vestir”. Ultimamente tenho feito uma arrumação diferente no meu armário, e colocado mais visíveis peças que quase nunca uso, o que é um exercício de criatividade excelente, pois obriga a sair do automático.

Começo normalmente pela parte de baixo, a saia, a calça ou os shorts, depois, escolho a parte de cima; em seguida, acessórios, e, por último, sapatos.

9. Quais marcas – brasileiras e internacionais – são suas prediletas?


Modéstia à parte, as nacionais são NK Store e Talie, mesmo. Já as internacionais, Stella McCartney, Céline, Givenchy, Balmain…

10. Qual é a sua produção, para o cotidiano, preferida? Por quê?

Calça “skinny” preta , scarpin claro, camiseta e jaqueta de bouclé ou couro, ou blazer…


11. Como é sua maquiagem, para o cotidiano, preferida? E para festas?

Uso há muitos anos uma base da Make Up Forever, HD, que é fininha, não esconde sardas do nariz, fica mais natural; um blush da MAC, rímel Lancôme, e batom rosa claro MAC, como o Please Me, ou nude. Mas para não parecer que usei corretivo na boca e para dar uma cara saudável, passo uma leve camada de “pink” bem no meio dos lábios.

À noite, uso a mesma base. Normalmente, faço olhos bem escuros, que combino com batom claro, ou olhos bem leves combinados com um battom vinho Tom Ford, o Black Orchid.

12. Que produtos gosta de usar? Dê algumas dicas.


Não sou viciada em cremes e afins. Uso o básico, como hidratante com filtro de dia, da Dior, e, à noite, uma fórmula dermatológica. No corpo uso Cetaphil, e, no cabelo, o After Party da Bad Head.

13. Qual é seu desejo de moda – uma peça específica – mais forte no momento?

Calcas afuniladas na barra, scarpins Céline, bolsas Saint Laurent. Pode 3 desejos? Hehehe. Agora desejo mesmo, aquele com que sonho à noite? Os vestidos de chamalote Balmain. “To die for”.

14. Que lição de moda aprendeu em viagens internacionais?

Várias, mas a mais importante foi treinar meu olhar para o bom e ruim, não no aspecto subjetivo, mas em termos de qualidade, acabamento, caimento… Além de entender os movimentos da moda, o fato de estarem extremamente ligados com movimentos sociais e culturais. Entender que a moda vai muito além de roupas desfiladas ou penduradas nos armários.


A entrevista na íntegra vocês podem conferir no site.... www.chrispitanguy.com.br

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